Esse aniversário tá diferente, né?
O plano A era mergulhar no meu ano novo no mar azul-deuso da Grécia. Mas depois que comecei a atrasar o roteiro & descobri uma tara por conhecer o Sudão, replanejei – confesso que também pirei quando vi que o ascendente seria sagitário se passasse a revolução solar lá. Corta cena: entrei pro clube dos aniversariantes de quarentena, só que no Quênia, país que nunca imaginaria (ainda) estar a essa altura e de onde deveria ter partido dois meses atrás.
E pois é, pra variar mapezei no meu próprio aniversário: estava tão mergulhada nas tretas internas durante a semana que não bolei nada de especial pra fazer no dia. Acordei belezinha, uhu, que dia especial!… silêncio. O fuso de 6h à frente me lembrou que estava todo mundo dormindo no Brasil. Passei a manhã perdida, fazendo vários nadas e entrei no looping da bad – uma cilada que eu mesma preparei pois, convenhamos, se eu queria me sentir especial então a primeiríssima pessoa que tinha que me tratar assim era a senhora eu mesma. Nem organizar um contrabando de leite condensado pra fazer brigadeiro eu organizei, cara!
Algumas mensagens importantes pra mim só foram chegar às 16h, quando já tava mais que jururu. Pior é que vi todo o autoboicote e a história que queria contar pra mim mesma. Tentei me perdoar um pouquinho que fosse, mas a frustração por ter feito isso comigo tava grande. Até que o amor atravessou o oceano em um zoom surpresa com os meus e voltei pro eixo.
Precisei engolir que o asc do ano é o meu velho capricórnio, mas o planeta da (auto)revolução tá colado no sol em touro pra abrir os caminhos do retorno de Saturno – conte comigo pra tudo, Urano 🔥 pra provar que sou ponta firme, entro nesse ciclo 1 hackeando tudo daqui do futuro: como nasci 21h20 em SP, meu aniversário na verdade vai rolar às 3h20 da madruga do dia 30. Sou de humanas e aparentemente ótima em matemática, então decretei que amanhã é meu aniversário também SIM – tipo aqueles filmes em que você acorda no “ontem” e pode fazer tudo diferente. Até isso vai rolar nessa volta ao mundo!
pronto: dar uma segunda chance a mim mesma é o ritual de entrada pra esse ano novo. Viva 🙂
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