Nadei com golfinhos no mar

Se tem algo que me encanta profundamente é o universo que existe embaixo da água. Me dê um snorkel e pés de pato e vou ficar por horas nadando. Já tinha sido uma experiência incrível quando, na ida à ilha moçambicana de Bazaruto, fiz meu primeiro mergulho livre em alto-mar – entrar na água sabendo da vastidão e do desconhecido abaixo, além de ver a vida em tantas formas, cores e geometrias inesperadas sempre fizeram meu estômago gelar e o coração palpitar de felicidade. Meu ápice foi quando viajei a Fernando de Noronha em 2015: depois de bater perna por 4 horas seguidas, encontrei tartarugas no mar e ainda segui procurando por tubarões. Mas nunca imaginei que fosse nadar ao lado de golfinhos selvagens no meio do oceano… e isso aconteceu durante a minha volta ao mundo, sem pretensão, no norte de Zanzibar. Ariel, por que choras?

Paixão/peixão

Eu, Glauco e Tati fechamos o passeio pra ilha de Mnemba com um local que nos levaria pra pescar, fazer snorkel em alto-mar e, na volta, nadar com os golfinhos. O dia começou com o embarque às 6 da manhã na praia de Nungwi e confesso que me assustei com o barquito que nos levaria até o meio do mar. No meio do caminho, pela primeira vez na vida, me senti enjoada com as ondas e tive que mergulhar um pouco pra melhorar.

mnemba tour
O barquito que nos levaria ao alto-mar

Os tours pra ilha de Mnemba vendem essa coisa de nadar com golfinhos no mar como parte do passeio porque a baía na qual ficam faz parte da rota, mas na verdade não é certeza que vão cruzar o seu caminho – se o tempo esgotar, o piloto segue viagem.

que emocióooon!

Já estava munida com pés de pato e snorkel, ansiosa que só – eles apareciam ao longe, mas quando chegávamos perto, apareciam de novo lá nos cafundós do outro lado. Foram várias tentativas: pulava na água, eles evaporavam, subia no barco e voltávamos a procurar. Até que uma hora eles surgiram (passa pro lado pra ver o vídeo), me joguei na água e comecei a bater perna nem sabia mais pra onde. Olhei pra direita e nada. Olhei pra esquerda e PUMBA: quatro deles a menos de um metro de distância de mim como se niente.

Dá uma olhada na cara de felicidade da criança depois de nadar com os golfinhos…

Não se assustaram nem deram meia volta, só seguiram comigo – certeza que os gritos que eu dava embaixo da água os faziam pensar que eu era um deles, hahaha! Foram apenas algns segundos e eu batia perna como podia para acompanhar. Depois que se foram, só pude largar o corpo e o coração boiando e rir e gritar mais. Vida, esta sereia que vos fala agradece imenso!

Marina Pedroso

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