A tradição de Elizabeth

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“Lá no Congo as mulheres não são pioridade. Servem para ficar à disposição dos maridos. Depois que me mudei pra África do Sul, há 23 anos, vi que pode ser diferente. Aqui, as mulheres são mais respeitadas – elas podem ser as chefes de família, decidir quando e com quem querem casar, se querem ter filhos ou não. O que eu faço é adotar aquilo que acho certo de acordo com o que me foi ensinado, porque tradição também é importante… Depende da inteligência da mulher equilibrar o poder de decisão com a herança.”

Elizabeth Ngoya, 43 anos, tem cinco filhos – a sua felicidade no momento era o mais velho, de 27, que tinha acabado de se formar em engenharia. Nasceu no Congo, mas mora em Cape Town, na África do Sul, há mais de 20 anos – a encontrei na rua, em frente à sua barraca de artigos africanos. Ao final da nossa conversa, comprei uma pulseira de malaquita, pedra congolesa, e não tirei mais do braço… Até dois meses mais tarde, quando o bracelete se rachou depois de eu me jogar em um saco de dormir na trilha do Kilimanjaro.

*Dezembro/2019

Marina Pedroso

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