Um dos meus trechos favoritos de livro sempre me incomodou justamente na primeira frase: “um homem precisa viajar”. Peço então uma licença poética ao Amyr Klink pra adaptar e fazer outra versão:
Uma mulher precisa viajar. Não por meio de histórias, imagens, livros ou TV, mas por sua conta, saindo pela porta de casa. Precisa viajar por si, com suas inseguranças e crenças, para entender o que é seu e o que disseram que era seu, mas não é.
Para um dia reconhecer sua potência e dar-lhe valor.
Conhecer o medo para desfrutar a sua força.
E o oposto.
Sentir a distância e o desabrigo para finalmente fazer as pazes com o seu primeiro lar – seu corpo, sua alma, sua mente, sua companhia.
Uma mulher precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar as amarras que um dia foram apresentadas como regras – e que nos fazem ver um mundo imaginado, não como é ou como pode ser; que nos fazem acreditar que nascemos pra ficar em gaiola, quando as asas foram feitas pra outra coisa: sentir o vento e o sol lá fora e, simplesmente, ir ver.
Deixe seu comentário