Quem disse que você não pode viajar sozinha? Seus pais? Seu chefe? Suas amigas? Ou o namorado?
Pois eu digo que você pode viajar sozinha, SIM. Vai. Vai se perder, vai se encontrar. Vai pra provar pra todo mundo e principalmente pra si mesma que você pode ir se quiser. Que você é maior que qualquer regra, maior que qualquer machismo ou achismo.
Você vai porque é a única dona e proprietária de si mesma, do seu dinheiro, das suas vontades. Você vai porque é livre – e, depois que você for, vai também viver a liberdade de fazer os seus horários, ir onde e como quiser, seguir sua intuição. Você vai porque se você não for, ninguém irá por você. Você vai pra se sentir pequena diante de desertos sem fim e montanhas majestosas. Você vai justamente pra descobrir que tem mais do que imagina do lado de dentro – e aí, vai também descobrir quão grande pode ser e que tem muito a oferecer pro mundo.
Falaram que você não pode ir? Que pode acontecer N coisas durante a viagem? Que vai ser perigoso?
O medo é deles, não seu. Aliás, entende uma coisa: as pessoas têm medo quando uma mulher decide ser grande. Porque mulheres grandes não aparecem nos livros de história. Porque sempre ensinaram que o seu lugar era na cozinha, no quarto cor-de-rosa, sob as asas do seu pai e aos pés do seu namorido/filho – em qualquer canto, menos no mundo. A partir do momento em que uma garota quebra o script, todo mundo é obrigado a enfrentar o rompimento de uma realidade inventada e a cair na real de que, na prática, não é bem como foi contada. Quando uma mulher bate o pé e vai contra as convenções, ela faz uma revolução – e isso inclui viajar sozinha.
Seja sincera com você mesma: se sente que chegou a hora, se a vontade de ir está aí, compra logo a sua passagem. Pega suas coisas, se mete no busão ou no avião. A vida é curta e a vida é sua. Na próxima vez que falarem que você não pode ir, responda só isso: “ih, já fui”. E vá mesmo.
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